segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Bebi a água da chuva

Deixem-me em paz por favor
Ouçam o vento, façam silêncio
Estrangulem a voz, calem a dor
Brinquem às aparências, façam longe a festa.

Não estou para ninguém
Aqueles para quem estava
E de quem precisava
Foram...deixá-los ir,
não quero a tua mão na minha testa!

Quero um cavalo sem sela
Um sol que arda
Deitar-me entre os camaleões
As cobras e os escorpiões.

Quero olhar-te com ódio puro
Queimar-te com a chama intensa
Sentir a altivez da indiferença
Cuspir que te esconjuro.

Já guardei a faca entre as calças e a pele
Invoquei a alma cigana
Fica com o vestido rosa e capa em tons pastel
Guarda o calor da minha roupa,
Que eu vou dormir nua à sombra da iguana.

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