terça-feira, 18 de maio de 2010

Assim como as lebres


Tonta, tonta que tu és menina, não sabes, não te avisaram já? Eles quando querem vão lá e se andarem atrás deles  fogem como as lebres. Podem ficar uns momentos quietinhos a olhar para ti encantados, por uns segredos e mistérios que as mulheres sempre vão ter para eles. Assim como as lebres ficam uns segundos imóveis encadeadas pelos faróis, mas, a seguir desaparecem na noite, velozes e inconstantes, eles e as lebres.

1 comentário:

  1. gosto..

    O animal não tem noção de si, desconhece-se, vive de estímulos e do conhecimento que tem do mundo. O receio que o faz fugir será a derradeira arma de quem não se tem, não sabe onde está, porque está e o que está a fazer no meio da estrada.
    Na altura em que é dominado com tamanha luz na cara não terá capacidade de acordar, terá sim parte do conceito de medo. Estar no caminho de um carro com tal desconhecimento na cabeça tendo a percepção de que se pode aleijar se continuar parado faz qualquer lebre fugir.
    A corrida inconstante como crepitar da vela da vida no seu momento mais brilhante.

    Sinto respeito, carinho e responsabilidade pelas lebres. São apenas lindos animais.

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